sábado, 23 de maio de 2020

Clan of Xymox, os pioneiros da cena gótica e Dark-Wave


O grupo formou-se em 1981 na Holanda, comandada por Ronny Moorings, Anke Wolbert e Pieter Nooten, hoje são um dos maiores nomes do rock gótico mundial. Lançaram diversas canções muito tocadas até hoje em inúmeras festas e discotecagens no mundo inteiro, sua musicalidade gira em torno do Dark Wave e também Rock Gótico. A banda logo no começo de sua existência chegou a se apresentar muito com outro grupo bem conhecido da época, o Dead Can Dance, e nestas turnês conjuntas foi que o Clan of Xymox acabou conseguindo boas oportunidades para lançar os primeiros álbuns com grande alcance de público. O grupo, assim como inúmeras outras bandas, teve sua formação modificada já muitas vezes, porém o integrante que segue desde o início do grupo até aqui é Ronny Moorings.
            O grupo foi precursor do que chamam de Dark Wave, que é uma vertente do rock gótico, porém com características diferentes. O Dark Wave é uma mistura de pós-punk com new-wave, que era um gênero muito em alta na época (por exemplo, pelas bandas Tears for Fears e também o A-ha), só que na verdade o dark-wave nasce como resposta a este estilo, só que com uma roupagem um pouco mais obscura, é justamente a antítese do new-wave que era altamente colorido e energético. No dark-wave muitas das músicas e canções não apenas do Clan of Xymox, mas das bandas do mesmo nicho e estilo, eram tocadas em acordes tonais menores, trazendo uma atmosfera mais densa às canções de um modo geral. A presença de sintetizadores era algo muito forte também, os teclados synth faziam a diferença na sonoridade das bandas do estilo, é um tipo de rock que leva consigo ainda características do new-wave, pegada dançante, porém não festiva. Era comum também o uso de bateria eletrônica e samplers de inúmeros efeitos diferentes, o impacto do trabalho do Clan of Xymox, do Depeche Mode e outras bandas do mesmo gênero, contribuiu em massa para o crescimento do público que veio a aderir à subcultura gótica. Tem diferenças um pouco do rock gótico, devido ao dark-wave ser um pouco mais eletrônico, porém o público de ambos acaba consumindo os dois estilos, tocam muito inclusive até hoje nas discotecagens góticas nas casas de rock do mundo inteiro.


            A set-list dos shows do Clan of Xymox são sempre uma incógnita, pois o grupo tem tantos álbuns, que até mesmo os fãs já não mais conseguem contabilizar. A banda lançou alguns dos seus discos com o nome apenas de Xymox, como se fossem duas bandas paralelas, mas o grupo na verdade sempre foi o mesmo, alteraram apenas a nomenclatura durante algumas vezes. Com tantos discos, é muito difícil montar repertório para determinados shows sem decepcionar algum fã ou outro. A banda colocou uma de suas canções no filme “The Girl with the Dragon Tattoo” alguns anos atrás, e sempre ficam muitos felizes quando seus temas são usados em filmes ou em trabalhos cinematográficos no geral. Vale ressaltar também que o Clan of Xymox já teve músicas em trilha-sonora de jogos de vídeo-game. Confira mais sobre o trabalho da banda, seguirá abaixo a apresentação deles em um de seus últimos lançamentos, a canção “She”:


Me segue no Twitter, sempre posto novidades sobre artes, cultura, música e variedades: @jhonyuriel

sábado, 2 de maio de 2020

Aos 36 Anos de Contribuição à Música, Blaze Bayley Continua


Nome já consagrado dentro do metal, Blaze Bayley é um artista inglês que está em atividade desde 1984 e em sua trajetória artística já gravou 22 discos, possui 13 turnês internacionais e diversos singles e clipes que evidenciam a sua majestosa contribuição para o mundo do heavy-metal. Blaze durante a década de 90’s fez muitas viagens junto ao Iron Maiden, banda que participou que acabou o projetando internacionalmente. Porém aqui focaremos na trajetória individual do artista, dando ao mesmo o protagonismo que merece. Além de cantar, Blaze toca também teclado, embora não o faça nas apresentações, este é mais um talento que o vocalista possui.
Principal letrista de sua carreira solo, ele divide o palco com bandas locais nos países onde vai se apresentar, inclusive no Brasil ele sempre é acompanhado por bandas tributo ao Iron Maiden, que além de seus repertórios habituais, aprendem também suas músicas próprias para poder acompanha-lo. Blaze fala em seus trabalhos, de diversos temas, no disco Tenth Dimension, por exemplo, ele aborda o tema da física quântica, em Silicon Messiah ele fala sobre inteligência artificial, ainda durante a sua carreira tratou de outros temas, influência das autoridades, conhecimentos secretos, conspirações, vida pessoal, dentre ainda outros temas. Como todo e qualquer artista, Blaze já passou por altos e baixos sua carreira, contudo são 36 anos de história dentro do heavy-metal, já que antes de cantar na “donzela de ferro”, ele também participou de uma outra banda chamada Wolfsbane, com quem cantou por muitos anos. O artista já veio se apresentar muitas vezes no Brasil, onde se encontram muitos dos fãs de seu trabalho solo, relava também que gosta muito de provar as iguarias da culinária brasileira.



       Tendo já sido perguntado a respeito de sua maior lembrança do Brasil, Blaze relembra que aqui aconteceu o primeiro grande show que ele fizera para grande público, conta em entrevista para o blog Metal Domination, que a sua primeira apresentação em estádio foi em terras brasileiras, o que o marcou muito. Afirma também na mesma entrevista, que rompeu com a gravadora que fazia parte, para poder ter maior autonomia de comandar e ditar as regras de seu próprio trabalho, diz ainda que hoje é financiado inteiramente pelos fãs que compram seus CDs físicos quando ele vem se apresentar. Também por este motivo Blaze gosta muito do contato com os fãs e faz questão de que seus meet&greets sejam gratuitos, para que ele possa retribuir aos fãs pessoalmente pelo carinho dedicado a ele em todos estes anos de carreira. Em meio a críticas muito pesadas, Blaze conta que na verdade não mais se importa com o que dizem a seu respeito. Hoje com mais de 3 décadas contribuindo com a música, o artista salienta que qualquer pessoa pode passar por complicados momentos pessoais, mudanças repentinas de vida, e que é muito humano ter consciência disso, fica imensamente emocionado em saber que canções que escreveu ou cantou, pudessem ter feito parte da vida de tanta gente. Confira abaixo a apresentação de Blaze com a canção “The Launch”:


Me acompanhe pelo Twitter, lá sempre falo de inúmeros temas e novidades na arte, na música e também variedades: @jhonyuriel