quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Saldo de 2019

Olá, 
Faz tempo que eu não passo por aqui, não é? Aproveito a oportunidade não apenas para me desculpar, mas também para dizer que este ano foi um ano de muitos avanços e de muito crescimento para mim enquanto ser humano, enquanto artista e também enquanto homem. O primeiro semestre deste ano foi marcado por acontecimentos que já há tempos eu esperava que acontecessem que me fizeram muito bem, que me lembraram que eu sou um pouco mais especial do que eu achava que fosse, e foi muito bom, me trouxe muito conforto no peito, o desfecho depois não foi tão bom assim, mas fazer o quê? Não é todo dia na vida que ganhamos, temos de ser sábios em conseguir viver com elegância em ambas as situações, sejam elas boas ou ruins. 


          Academicamente falando, foi um ano muito pesado, porém também muito produtivo e muito proveitoso, muito recheado de desafios, de aprender a fazer coisas que eu jamais na vida desconfiei ou imaginei que fosse fazer, como por exemplo: fazer gravuras. Reencontrei muitas amizades antigas, que me ajudaram muito a reafirmar coisas que eu sempre senti, foi ótimo. Ano acabando, agora mais coisas, vindo por aí.

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Agradecimentos: 
Stela Lemos, correção ortográfica 

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sábado, 2 de março de 2019

Exposição "Madeira Nova" com Santídio Pereira & Convidados


Olá caros,
Este post é referente a uma visita que fiz a uma exposição no Sesc Santo Amaro agora em Fevereiro e vim aqui relatar algumas percepções pra vocês. O Grupo como um todo apresenta um trabalho pra lá de interessante logo desde os primeiros passos, inclusive na maneira como a exposição foi concebida, contemplando artistas jovens, quebrando um pouco o paradigma de que o artista plástico só é reconhecido depois da morte, iniciativa de muito louvor, fazer acontecer a reunião destes artistas tão jovens. É importante saber o que está acontecendo no circuito da arte, descobrir quem são as novas revelações, os novos xilogravadores da cidade. A iniciativa de Santídio em reunir os jovens ajudou muito no mapeamento dos novos artistas existentes na linguagem, e incentivar a continuação das investigações das diversas possibilidades na área da gravura.
                A arte proporciona contemplação e (quase sempre) é escrava da beleza, faz as pessoas pensarem e refletirem questões, e a gravura detém enorme eficácia no induzir das pessoas a este pensamento crítico, pois suas técnicas ainda vigoram até os dias de hoje, mesmo sendo tão antigas. Nesta exposição deu pra notar muito claramente a influência da prática literária do cadáver esquisito, que soou de modo, ao meu ver, hiper sofisticado, imprimindo de certa forma o individual de cada um dos artistas, porém com leveza, sem deixar que a apreciação do trabalho se tornasse algo massivo, pelo contrário, foi algo pra lá de sofisticado. À frente da exposição estão, além do próprio Santídio, também Luisa Almeida, e junto a eles os jovens artistas Igor Santos, Fernando Melo, Gabriel Balbino, Kamila Vasques, Rafael Toledo e Julia Bastos. A curadoria do trabalho é assinada por Célia Barros.
 
 

               A exposição toda tem obras feitas em madeira (xilogravura). É preciso salientar também que Fernando Melo e Gabriel Balbino fizeram os seus trabalhos com matriz perdida. Observações que fiz a respeito do trabalho de Fernando Melo, é que ele aparenta usar mais de uma matriz. Observei que a coruja (seu trabalho que mais me chamou atenção) é bem vibrante, a cor amarela transita por dentro e por fora da gravura, de modo harmonioso na imagem, o que me deixou ainda mais empolgado  em continuar com os olhos fixos olhando para a mesma, o pavão parecia dançar e de modo tão convidativo que por vezes me pus a imaginar até mesmo qual canção ele estaria a escutar.
 
Gostou do texto e quer saber mais sobre o mundo, arte e variedades? Me segue no twitter: @jhonyuriel

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Sabe quando a Rita Lee falava sobre ser a Ovelha Negra?

Oi minha gente, este texto vi na time-line do Condesso, um amigo querido lá do Blog Descontrole Remoto, e decidi trazer aqui pra vocês lerem também, pois a mim fez muito sentido, segue abaixo:


As chamadas “ovelhas negras” da família são, na verdade, caçadores natos de caminhos de libertação para a árvore genealógica.
Os membros de uma árvore que não se adaptam às normas ou tradições do sistema familiar, aqueles que desde pequenos procuravam constantemente revolucionar as crenças, indo na contramão dos caminhos marcados pelas tradições familiares, aqueles criticados, julgados e mesmo rejeitados, esses, geralmente são os chamados a libertar a árvore de histórias repetitivas que frustram gerações inteiras.
As “ovelhas negras”, as que não se adaptam, as que gritam rebeldia, cumprem um papel básico dentro de cada sistema familiar, elas reparam, apanham e criam o novo e desabrocham ramos na árvore genealógica.



Graças a estes membros, as nossas árvores renovam as suas raízes. Sua rebeldia é terra fértil, sua loucura é água que nutre, sua teimosia é novo ar, sua paixão é fogo que volta a acender o coração dos ancestrais.
Incontáveis desejos reprimidos, sonhos não realizados, talentos frustrados de nossos ancestrais se manifestam na rebeldia dessas ovelhas negras procurando realizar-se. A árvore genealógica, por inércia quererá continuar a manter o curso castrador e tóxico do seu tronco, o que faz a tarefa das nossas ovelhas um trabalho difícil e conflituoso.
No entanto, quem traria novas flores para a nossa árvore se não fosse por elas? Quem criaria novos ramos? Sem elas, os sonhos não realizados daqueles que sustentam a árvore gerações atrás, morreriam enterrados sob as suas próprias raízes.
Que ninguém te faça duvidar, cuida da tua”raridade” como a flor mais preciosa da tua árvore. Tu és o sonho de todos os teus antepassados.
Bert Hellinger


A reflexão me colocou bastante pra pensar, espero que tenham gostado. Não deixando, claro, de fazer a referência ao Bert Hellinger, autor da prosa, e a indicação do Condesso

domingo, 6 de janeiro de 2019

Suicídio na Juventude

Nos tempos atuais que vivemos é muito necessário falar a respeito desse assunto, infelizmente, este é um mal que tem me atingido muito próximo dos últimos tempos pra cá. Ao todo foram 3 pessoas, 3 casos de gente querida próxima de mim que eu tive de lidar, e cada uma delas me tem trazido diferentes reflexões. O primeiro caso deles foi a minha amiga Luciane, que era uma das minhas companheiras na adolescência, uma pessoa pra lá de querida que ia comigo nos rolês de rock, nos meus 14 anos iniciei um forte interesse pela cultura gótica, e esta minha amiga embora não compartilhasse do mesmo apreço, me acompanhava nos eventos e nos shows das bandas. 




A segunda pessoa querida que infelizmente a vida me levou, foi o Daniel Marques, que era uma pessoa de incrível sorriso, energia contagiante e não havia quem estivesse perto e não ficasse também feliz. O Dani era ator, poeta, preto empoderado e o som da risada dele, meu Deus, era de fazer a gente ir ao céu e voltar. Foi uma surpresa enorme pra gente, saber que por trás daquela energia tão positiva estaria outra negativa tão forte lutando pra se sobressair, perdemos uma pessoa preta ímpar. Por fim, mas não menos importante, a pessoa que perdi foi alguém também da arte, a querida Fernanda Freitas, que se foi hiper jovem, aos 28 anos, deixando noivo e filho pequeno, uma tristeza, mas aí fica novamente a reflexão, o que falta na juventude pra se sentir completa?