Descobrir-se e reinventar-se sempre foi algo que eu sempre
admirei, geralmente aqueles que não se contentam com as coisas do jeito que
estão, são as mesmas pessoas que partem em busca do desconhecido e/ou também
aqueles que decidem conhecer mais ainda sobre alguma coisa, dessa lógica eu
imagino que pensam os estudiosos especialistas, bem como também nós, as
artistas. Gosto de pensar que o processo de afirmação e reafirmação do ‘ser’ no
mundo é que acaba por gerar o conhecimento, e por que não, o poder? O Homem
reinventa o universo, e a História é a medida desta chamada reinvenção.
Ao
pensar nestas questões começo a compreender que o homem percebe a sua dimensão
humano ao se projetar no mundo – através de suas várias manifestações
expressivas e artísticas possíveis, o homem se apropria das coisas do mundo,
atribuindo a elas significados. Refletimos aqui o que é bem verdade, os poetas,
os escultores, atores, músicas e artistas no geral imprimem a sua existência de
alguma forma - talvez para ser lembrado
por toda eternidade, ou talvez não, o fato é que os registros deixados pelo
homem em vida ecoam, e ecoam mesmo.
Como
ponto de discussão a este enclave observamos por exemplo, que o homem sempre
desenhou, sempre deixou registros gráficos, índices de sua existência,
comunicados íntimos destinados a alguém e que acabaram ficando para a
posteridade, falamos aqui do desenho, linguagem que é tão antiga, mas ao mesmo
tempo tão permanente e tão nova, que sempre esteve presente desde que o homem
inventou o homem (na representação). O desenho é uma arte que atravessou as
fronteiras espaciais e temporais, e por ser em casos tão simples, teimosamente
acompanha o homem em sua história e aventura na terra, desde os primórdios,
quem pode dizer que se não fosse pelo desenho que as ciências contemporâneas
pudessem ter descoberto tanto a cerca das antigas espécies? É um forte ponto
reflexivo.
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Confira o meu trabalho musical através dos links: (Música) Love Never Dies e (Música) Manhã de Domingo . Gratidão !!