Interessante
descobrir um pouco sobre a realidade, depois de dos jovens que vivem na
Fundação Casa, e também descobrir sobre a instituição e o papel que a
mesma desempenha na sociedade, uma vez em que essa, lidando com jovens,
dá espaço a eles, não importando o que eles tenham feito. Sem contar que
esses jovens estão passando pela idade em que tudo é fundamental para o
seu desenvolvimento e crescimento enquanto seres humanos e futuros
adultos conscientes.
Os olhos das autoridades por muito tempo ficaram fechados quanto a
evidencia apropriada que se deve dar às diferenças dos jovens. O espaço
vem sendo dado aos poucos, durante o passar do tempo, primeiro com a Lei
do Ventre Livre, depois, com o início da criação de Casas e Espaços
direcionados a diversas finalidades, sempre associadas ao amparo jovem.
Já chamada de Casa Sampaio Viana, FEBEM, e hoje, Fundação Casa, a
instituição atua com muito mais força no caminho de formação dos jovens,
bem como na formação com embasamento na arte, o que torna muito mais
abrangente o olhar desses jovens. A mim enquanto artista me deixa muito
feliz saber da importância que passam a dar para a arte dentro da grade
curricular desses jovens, afinal, pode fazer muito sentido no futuro de
alguns deles. Tive a graça de visitar um acontecimento do Projeto Cores
do Brasil, liderada pelo Honório Costa, instrutor de arte Afro na
Fundação Casa de Ferraz de Vasconcelos (SP), e muito me admirei com os
números apresentados pelos jovens que, dirigidos pelo Mestre Lira,
demonstraram os passos de Break-Dance e às canções de Hip-Hop cantadas
pelos jovens da Fundação, ‘’SERÁ QUE O PRECONCEITO NUNCA VAI ACABAR?’’
dizia o rap dos rapazes. Eis a chance de uma ressocialização e de um
retorno à vida em convivência com os familiares novamente. E que os
olhos das pessoas se tornem mais aberto quanto a esses jovens, pois como
qualquer outro, tem o direito de errar, bem como o direito de recomeçar
do zero, é direito do ser humano.
Jhony Uriel
Ator e Produtor Cultural
FaceBook/Orkut JHONY URIEL ArT