segunda-feira, 24 de março de 2014

Crítica: O Novo álbum de CHER

História que todo mundo já conhece, difícil de compreender como uma lenda da música fica 11 anos sem lançar um álbum, sendo esta, a arrematadora das turnês mais lucrativas do mundo da música, juntamente com o U2, Rod Stewart, Madonna e Paul MacCartney. Finalmente CHER deixa de protelar pelo lançamento do tão esperado álbum de inéditas. Desde quando anunciou a sua volta aos estúdios para a gravação de um então novo disco, desperta rumores de como uma cantora aos 67 anos conseguiria encarar uma turnê e a sequência de entrevistas e programas de televisão para divulgar o álbum. 



   Ainda quebrando tabus, a cantora do hit hippie sessentista ''I Got you Babe'' mostra que para trabalhar não tem idade, a mesma diz: ''Ainda não aprendi como ser velha'', ela que com hits implacados na Billboard ainda continua com energia total para encarar a nova (e possivelmente a última turnê) Dressed to Kill Tour e aparece na capa do álbum com pouca roupa, como fazia em seus tempos de sex-simbol nos anos 80's enquanto cantava o sucesso Love Hurts. Seu 26º álbum de estúdio chega ás plateleiras do mundo em setembro de 2013 e agrada aos fãs e não somente, mas a crítica especializada, que classifica o álbum como um dos melhores lançamentos Dance dos últimos anos, sendo este substantivo, forte e emocionalmente amplo no aspecto lírico, característica que os fãs da Cher já consideram um marco para a cantora, músicas agradáveis e com mensagens equilibradas.
 
   A cantora surpreende com o álbum devido a maneira cheia de foco em fazer Pop atemporal, bom de se ouvir independente da época, Cher aposta em um forte conteúdo lírico e também no que de mais expressivo e forte, a peça consistente que fará quem escuta o álbum cantorar os refrões durente dias seguidos: a sua VOZ. Dona de uma voz exótica e grave, ponto-chave pra quem a conhece, muitas pessoas confundem a sua voz com a voz de um homem, devido a tecitura amadurecida que a cantora possui. Cher em sua classificação vocal, é uma contralto-profunda, e seu alcance em graves é cheio de nuances. No novo álbum, sendo o mesmo inteiro inédito, nem todo o material fora totalmente desconhecido pelos fãs, devido à canção ''You Havent Seen the Last of Me'' já ter sido parte da trilha sonora de seu última longa-metragem: Burlesque (2010). E também pela canção ''Womans World'' já liberada para audição dos fãs no dia de ação de graças de 2012. E o destaque também às duas canções compostas pela cantora P!nk que entraram no álbum.

O disco começa com ''Womans World'', uma balada dançante que soa como hino feminista, a cantora da voz potencial ao Rock mostra como se faz Pop de forma inteligente e madura. O hit é dançante, e vem emplacando as pistas de dança com os remixes autorizados pela cantora, postados em seu canal do YouTube. E o vocal de Cher segue intacto e brilhante, mesmo no alto de seus 67 anos de idade. Ponto alto do álbum a canção ''Lovers Forever'' composta originalmente para a trilha sonora do filme 'Entrevista com um Vampiro', porém não lançada devido à cantora se encontrar em estúdio na gravação de seu álbum ''Its a Mans World'' (1995). A balada ''Sirens'' que faz referência sobre a tragédia do 11 de Setembro, é uma canção forte no álbum, canção escrita pela cantora P!nk, contribuição ao álbum de retorno de Cher, contém forte carga dramática e demonstração de poder vocal, sem dúvidas um dos hits do álbum. Por fim Cher ainda apresenta a canção ''I Hope You Find It'' que trata de uma relação finalizada, de maneira madura e natural aonde se deseja boas continuidades no amor para ambos.

  Sem dúvidas um álbum intrigante, e que deixa claro que o preconceito de idade é para os atrasados. Ansiosos desde o lançamento do trabalho antecedente de Cher ''Living Proof'' (2001), os fãs podem se contentar com essa obra-prima como última obra de Cher, não se sabe se esse será mesmo o último álbum da cantora. 

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